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Eduardo Bolsonaro relaciona queda de obra do metrô de São Paulo à contratação de mulheres

CONTICOM-CUT repudia post do filho do presidente

Publicado: 08 Fevereiro, 2022 - 19h27

Escrito por: Redação CONTICOM

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                No dia 4 de fevereiro, o número 3 de Bolsonaro, Eduardo, que é Deputado Federal por São Paulo, protagonizou mais um episódio de machismo e misoginia no Twitter, prática comum entre pai e filhos.

                Dessa vez, o político relacionou a queda decorrente de uma enchente em um trecho da obra da linha Laranja do metrô de São Paulo, com a contratação de mulheres pela empresa responsável.

                Em vídeo montado com imagens do desabamento e fala de mulheres que, supostamente, trabalham em diversos setores relacionados à obra (a maioria sem relação direta com o canteiro), o filho do presidente ironiza: “Procuro sempre contratar mulheres”, mas por qual motivo? Homem é pior engenheiro?”, tentando refutar a fala de uma suposta diretora de RH.

                O texto segue misógino: “Quando a meritocracia dá espaço para uma ideologia sem comprovação científica, o resultado não costuma ser o melhor”, expressa o deputado, tentando relacionar o desabamento com o fato da suposta diretora de  RH ter afirmado haver uma política para contratação de mulheres na empresa.

                A CONTICOM-CUT repudia a atitude do Deputado. Lutamos pela igualdade de oportunidades entre homens e mulheres no setor da construção e seu post contribui apenas para que mais pessoas, tão machistas e misóginas quanto ele, continuem negando às mulheres as mesmas oportunidades de trabalho e remuneração oferecidas aos homens.

                “Em todo país, milhares de mulheres executam perfeitamente seus trabalhos como arquitetas, engenheiras, pedreiras, pintoras e tantas outras profissões. Elas são qualificadas e a sociedade brasileira , especificamente o setor da construção , deve reduzir o débito  histórico  que tem em não contratar mão de obra feminina, fato que ficou explícito  nesse momento de pandemia, onde as primeiras a serem demitidas  foram as mulheres.  Independente do pensamento desse deputado desqualificado e carregado de preconceitos, lugar de mulher é  na construção e onde  ela quiser.”, contestou Dulcilene Moraes, secretária da Mulher Trabalhadora da CONTICOM-CUT.

“Ideologia” é imputar falhas às mulheres e acertos aos homens “sem nenhuma comprovação científica”, respondeu a sindicalista.