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PLR na MRV: Em Campinas, greve já dura mais de 30 dias. Em Campo Grande trabalhadores se mobilizam pelo direito ao benefício

“Luta deve ser nacional”, diz presidente da CONTICOM

Publicado: 25 Agosto, 2021 - 09h47

Escrito por: Redação CONTICOM

                Enquanto trabalhadores da MRV enfrentam uma greve histórica em Campinas pelo pagamento de uma PLR justa, em Campo Grande, MS, o Sintracom organiza e mobiliza os trabalhadores da empresa pelo direito ao benefício.

                 Conforme publicado em um boletim do Sintracom (Leia Aqui), na região de Campo Grande, onde se concentram grandes obras da MRV, a empresa paga Participação nos Lucros e Resultados somente para trabalhadores administrativos. “Por aqui a situação é ainda pior que Campinas, pois sequer temos o direito garantido para todos. Os trabalhadores nas obras são os que realmente sustentam a lucratividade da empresa, mas eles não recebem nenhum centavo de PLR. Ao mesmo tempo em que a MRV se gaba em ser a empresa que mais cresce no país dentro do setor da construção civil, ela não reconhece o esforço de seus trabalhadores”, denunciou o sindicalista.

 

Campinas

                Nesta segunda-feira, 23, a greve dos trabalhadores da MRV Campinas completou 30 dias. A demora no julgamento no Tribunal Regional do Trabalho e a truculência da empresa transformaram o movimento em uma das maiores greves realizadas no Brasil nos últimos anos no setor da construção civil. “Nossa luta é por uma PLR justa, mas também reivindicamos melhores condições de trabalho. Temos, muitas vezes, que lavar copos descartáveis nas obras, já tivemos muitos casos de covid-19. Chega até a faltar papel higiênico”, relata o dirigente do Sindicato da Construção Civil, Montagem e Mobiliário de Campinas e Região (Sinticom Campinas), Juscelino Souza Júnior.

 

“Mobilização precisa ser nacional”

                Para Claudio Gomes, presidente da CONTICOM, é preciso uma mobilização nacional entorno da luta por PLR justa na MRV. “A greve de Campinas, a mobilização em Campo Grande e em várias cidades de outras regiões do país, revela a necessidade de uma luta conjunta por uma PLR Justa para todos os trabalhadores e trabalhadoras da MRV. A empresa se aproveita da pulverização da representação sindical para estabelecer regras diferentes em cada cidade,  mas cabe a nós o desafio de  articular uma mobilização nacional envolvendo os diversos sindicatos que têm obras da MRV em sua base de representação”, propôs Claudinho.

 

Iniciativa

                A CONTICOM tem realizado diversos debates entre as entidades filiadas com vistas ao fortalecimento de uma rede sindical com objetivo de unificar a pauta e a luta dos trabalhadores e trabalhadoras da MRV. Além da PLR, fazem parte do debate questões como condições de trabalho, prevenção à COVID-19 e melhores condições de trabalho.

“Sabemos o quanto é importante um acordo nacional ou acordos regionais padronizados que estabeleçam igualdade de direitos para todos que trabalham numa mesma empresa, independente da localização geográfica. A forma com que a MRV vem tratando a negociação coletiva, nos leva à implementação de uma estratégia mais ampla e unitária”, afirmou Claudinho.

 

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