Pelo cumprimento da Convenção Coletiva e contra assédio moral trabalhadores paralisam suas atividades em Porto Alegre

                Trabalhar com fome é algo desumano. Por isso, uma das conquistas mais importantes em diversos acordos e convenções coletivas do setor da construção em todo o país é o fornecimento do café da manhã nas obras. Os itens a serem servidos varia de acordo com as cláusulas negociadas com cada sindicato, mas o objetivo é um só: dar mais qualidade ao trabalho desenvolvido nas obras.

                Em Porto Alegre, por deixar de fornecer o café da manhã,  a empresa I.G. enfrentou uma paralisação numa obra contratada pela CPFL. Além disso, os trabalhadores denunciaram a postura autoritária de um dos chefes da obra e irregularidades na emissão de avisos prévios. Após mediação do Tribunal Regional do Trabalho, a paralisação foi suspensa e as atividades foram normalizadas nesta segunda-feira, 24.

                A empresa se comprometeu em regularizar o fornecimento do café da manhã e chamar a atenção do chefe em questão. O acordo prevê cumprimento integral dos contratos de 90 dias e a fiscalização feita pelo Sindicato sobre as condições de segurança, higiene e condições de trabalho. “Acompanharemos de perto o cumprimento desse acordo. Caso a empresa descumpra algum ponto, informaremos o Juiz que promoveu a mediação e  voltaremos a mobilizar os trabalhadores”, afirmou Isabelino Garcia dos Santos, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Pesada do Rio Grande dos Sul, SITICEPOT.