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No Paraná, SINTRAPAV conquista recesso de final de ano para milhares de trabalhadores

Luta teve início após gestão do Complexo Puma II, em Telêmaco Borba, anunciar que não iria liberar trabalhadores na semana entre Natal e Ano Novo

Publicado: 06 Novembro, 2020 - 16h26

Escrito por: Redação CONTICOM

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                Telêmaco Borba – Na semana passada, cerca de 6 mil trabalhadores na construção do complexo Puma II, nova planta da Klabin, localizado entre os municípios de Telêmaco Borba e Ortigueira, foram surpreendidos com o anúncio de que não teriam o recesso de Natal.  Organizados pelo SINTRAPAV/PR e pelo Sindicato local, iniciaram um processo de mobilização no último dia 30, quando cruzaram os braços para participar de uma assembleia sindical.

                Uma semana depois do início da mobilização, o SINTRAPAV voltou ao canteiro de obras nesta sexta, 6, e reuniu os trabalhadores que ouviram atentamente a nova proposta da empresa, fruto da negociação coletiva. “Após um intenso processo de negociação, a empresa voltou atrás e vai liberar, sem prejuízos nos vencimentos, os trabalhadores que querem retornar aos seus lares para as festas de final de ano”, relatou Raimundo Ribeiro, o Bahia, presidente do SINTRAPAV, entidade filiada à CONTICOM.

 

Proposta é aprovada

                A proposta construída a partir da negociação coletiva foi aprovada por unanimidade pelos trabalhadores. Será facultativo ao trabalhador permanecer trabalhando durante o recesso, uma forma de não paralisar a construção de um dos empreendimentos mais importantes do Estado do Paraná. “Quem ficar trabalhando terá direito às horas extras que deverão ser pagas com acréscimo de 100%. Além disso, serão realizados sorteios entre quem permanecer na obra. Os prêmios vão de carro zero quilômetro a eletroeletrônicos como televisores e celulares”, explicou Bahia.

 

Negociação Coletiva protege direitos e benefícios

                O recesso de final de ano já era algo previsto no Acordo Coletivo dos trabalhadores do Complexo Puma II, mas a diminuição do ritmo das obras por ocasião da pandemia fez com que os gestores da obra voltassem atrás. “Erram as empresas que pensam que vão retirar benefícios ou direitos e ficar por isso mesmo. Onde há Sindicato combativo, tem luta e mobilização dos trabalhadores”, concluiu Bahia.