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Terceirizadas da Revap deixam trabalhadores sem direitos em plena pandemia

CONTICOM participou de protesto realizado nesta quinta, 27, por novo acordo coletivo

Publicado: 27 Agosto, 2020 - 19h07

Escrito por: Redação CONTICOM

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                Os trabalhadores terceirizados da Revap que são representados pelo SINTRICOM/São José dos Campos, paralisaram suas atividades nesta quinta, 27, em protesto contra a postura da empresa que se nega em negociar novo acordo coletivo. O presidente da Confederação Nacional dos Sindicatos de Trabalhadores nas Indústrias da Construção e Madeira, CONTICOM, Claudio Gomes, participou do protesto. “Os trabalhadores não podem confiar no discurso das empresas de que os direitos serão mantidos mesmo sem acordo. Se não tiver escrito, a qualquer momento elas podem suspender benefícios”, alertou o sindicalista.

            A manifestação contou também com o apoio da Federação Solidária dos Trabalhadores da Indústria da Construção, do Mobiliário e da Madeira da CUT de São Paulo, FSCM.

 

Intervenção da PM

            Embora pacífica, dezenas de policiais militares foram destacados para a manifestação (ASSISTA). Segundo informações das lideranças que coordenaram o movimento, a PM agiu na tentativa de intimidar sindicalistas e desmobilizar os trabalhadores.

Demissões

            Além da truculência das terceirizadas frente à renovação do Acordo Coletivo, o sindicato denunciou irregularidades cometidas em cerca de 150 demissões. “Desde o começo da pandemia já foram demitidos mais de 150 trabalhadores na REVAP. Esses trabalhadores ficam de 5 a 10 dias em casa sem assinar o aviso prévio, com a intenção de que isso seja caracterizado como abandono de emprego contra as determinações legais (Decreto Federal 10.282 e Decreto Estadual 64.881) que estabeleceram a quarentena no estado de São Paulo. Ao contrário do comércio e de outras atividades, nossas atividades e nossos serviços, na construção civil e na indústria petroquímica, foram considerados essenciais na economia e precisam continuar funcionando, o que impede essa demissão em massa ilegal”, destacou a entidade.

                “Alguns desses trabalhadores que foram e estão sendo demitidos, receberam as verbas rescisórias somente após 90 dias ou ficaram sem previsão de recebimento. Os trabalhadores estão sendo demitidos e impedidos de darem baixa dentro da unidade da Petrobras e ainda sendo obrigados a pagarem pelas ferramentas que estavam usando (...)”, informou o SINTRICOM em nota publica divulgada no site da entidade. Confira a publicação na íntegra AQUI.

Luta por garantia de direitos vai continuar

                Em assembleia, os trabalhadores aprovaram uma pauta de reivindicações que será levada aos representantes patronais. “Novos protestos não estão descartados, caso as empresas permaneçam irredutíveis frente a renovação do Acordo Coletivo”, apontou o Sindicato.