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Oito mil trabalhadores da manutenção e ampliação da Replan entrarão em greve na próxima terça

Os operários reivindicam maior reajuste e plano de saúde com cobertura nacional

Publicado: 17 Maio, 2012 - 15h10

Escrito por: Edilson Damas

 

Cerca de oito mil trabalhadores de diversas empresas dos setores de manutenção e ampliação que atuam na REPLAN (Refinaria do Planalto), em Paulínia, decidiram entrar em greve por tempo indeterminado em assembleia realizada na manhã desta quinta-feira. Os trabalhadores, representados pelo Sindicato da Construção Civil e Montagem de Campinas e Região, estão em campanha salarial. A data base é primeiro de maio. 

Segundo o diretor do Sindicato, Amilton Mendes, as empresas já estão sendo notificadas e os trabalhadores decidiram cruzar osbraços a partir das 7h da próxima terça-feira, dia 22. “Nas negociações com o setor patronal, houve avanço em diversas reivindicações, mas os trabalhadores estão irresolutos em duas cláusulas: o reajuste salarial e o plano de saúde. As empresas oferecem 8% de reajuste e plano de saúde com cobertura regional. Os trabalhadores pleiteiam 15% de reajuste salarial e um plano de saúde com cobertura nacional”.

Amilton enfatizou que, ao contrário do que o sendo comum sugere, o contingente de trabalhadores da manutenção e ampliação preenche a maior fatia de funcionários que atuam na REPLAN. “A paralisação pode trazer reflexos na produção e abastecimento. O sentimento colhido junto aos trabalhadores é de que a negociação tem de avançar, senão a greve será deflagrada com adesão da grande maioria dos trabalhadores”, explica.

A REPLAN é a maior refinaria de petróleo da Petrobras em termos de produção e fica na Rodovia Campinas – Paulínia, km 132. A refinaria tem capacidade de processamento de 57,2 mil m³/dia de petróleo, o equivalente a 360 mil barris. Sua produção corresponde a 20% de todo o refino de petróleo no Brasil, processando 80% de petróleo nacional, grande parte da Bacia de Campos.