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Trabalhadores das obras da Repar aprovam pauta de reivindicações

Os trabalhadores também aprovaram uma moção de repúdio ao Projeto de Lei que tenta definir um marco regulatório para a terceirização

Publicado: 16 Maio, 2012 - 15h15

Escrito por: Sindipetro

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A massa operária que atua nas obras de ampliação e manutenção da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), em Araucária, deu início à Campanha Salarial Unificada 2012 na última terça-feira (15) com a aprovação da pauta de reivindicações.

A assembleia aconteceu logo no início da manhã, no portão de acesso PV-9 da Repar, e contou com a participação de cerca de oito mil trabalhadores. Entre os pontos de pauta aprovados, destaque para o reajuste salarial pelo INPC/IBGE, com acréscimo de 12% a título de aumento real. Os operários também irão lutar por abono salarial no valor de R$ 1 mil, aumento da cesta básica de R$ 360,00 para R$ 600,00, horas extras com acréscimo de 100% nos dias normais e de 200% aos domingos e feriados, Participação nos Lucros e Resultados (PLR) equivalente a dois salários base, entre outros.

Esta será a quarta Campanha Salarial Unificada nas Obras da Repar. O movimento começou em 2009 e o resultado da união dos trabalhadores e sindicatos de diferentes categorias foi ganhos reais de salários em todos os acordos coletivos firmados, aumento do percentual de horas extras, mais dias para folga de campo (baixada) em menor tempo trabalhado, ajuda de custo para todos os trabalhadores, entre outras conquistas.

A comissão de trabalhadores é formada por representantes da Central Única dos Trabalhadores Paraná, Sindipetro Paraná e Santa Catarina, Sindimont-PR, Sindiquímica-PR, Sintracon Curitiba e Região Metropolitana e Sintrapav Paraná.

Repúdio ao PL 4330

Durante a assembleia, os trabalhadores das obras aprovaram uma moção de repúdio ao Projeto de Lei 4330/2004, de autoria do deputado federal Sandro Mabel (PMDB-GO), que tenta definir um marco regulatório para a terceirização no país, cujo substitutivo proposto pelo deputado Roberto Santiago (PSD/SP) libera a terceirização para as atividades-fim das empresas, até agora só permitido nas atividades-meio. Se o PL for aprovado, os problemas relacionados à terceirização, como precarização das relações de trabalho e retirada de direitos, devem se agravar ainda mais.