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Mauá: Prestadora da RECAP enfrenta greve após atraso na PLR e suspensão do café da manhã

Mobilização foi apelidada de “greve do pãozinho”

Publicado: 26 Junho, 2020 - 08h54

Escrito por: Redação CONTICOM

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                Em 2019, após 38 dias de greve, cerca de 150 trabalhadores contratados pela Manserv Montagens e Manutenção Industrial, que presta serviços para a RECAP em Mauá, conquistaram a PLR (Participação nos Lucros e Resultados). Menos de um ano depois, eles voltaram a cruzar os braços. Dessa vez, uma dos principais motivos da greve é justamente  o atraso no pagamento segunda parcela do benefício.

                A greve teve início nesta quarta-feira, 24, e ainda não houve acordo para o retorno ao trabalho. Caso a empresa se mantenha irredutível, caberá à Justiça do Trabalho o arbítrio sobre o conflito.

 

Atraso na PLR

 A segunda parcela da PLR, cujo valor é de 825 reais,  está atrasada desde maio, mês em que, de acordo com as cláusulas convencionadas, o dinheiro deveria estar na conta dos empregados. “A empresa descumpriu o acordo e deixou de pagar o benefício num momento em que os trabalhadores mais precisam”, aponta Luiz Carlos Biazi, presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e da Madeira de Santo André, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, ConstruMob.

 

Greve do pãozinho

Os trabalhadores deram ao movimento o apelido de greve do pãozinho”. Isso porque, além do pagamento da PLR, eles reivindicam o fornecimento do café da manhã, benefício garantido na Convenção Coletiva e negado pela empresa. “Desde agosto de 2018, a empresa não fornece café da manhã e agora os trabalhadores exigem o pagamento retroativo, em dinheiro, desse benefício”, destacou Biazi.

De acordo com cálculos do Sindicato, os valores devidos pela empresa referentes ao café da manhã giram entorno 1.800 reais para cada trabalhador, valor igual ao da PLR, que é dividida em duas parcelas.

 

Maldades em plena pandemia

                Além do atraso na PLR, os trabalhadores denunciam ainda a suspensão do vale alimentação para trabalhadores que saíram de férias ou foram impactados pela MP 936, que prevê suspensão de contrato e redução de jornada. “Invés de honrar com seu papel social diante da crise gerada pela pendemia, a empresa decidiu suspender o vale alimentação, benefício que ajuda muito os trabalhadores, principalmente os que sofreram redução de jornada ou suspensão de contrato”, relata Biazi.