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Conticom e LIUNA reunirão informações sobre Odebrecht

A Odebrecht (foto) foi o assunto da conversa que o presidente do Sindicato Nacional dos(...)

Publicado: 05 Agosto, 2009 - 11h42

Escrito por: Conticom

A Odebrecht (foto) foi o assunto da conversa que o presidente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Construção Civil dos EUA (LIUNA), Terry O’Sullivan, e o presidente da Conticom, Waldemar Pires de Oliveira, tiveram, nesta manhã, durante a realização do 10º Congresso Nacional da CUT.

O sindicalista norte-americano quis saber da Conticom como ambas entidades podem trabalhar para evitar que a multinacional brasileira prossiga em suas investidas anti-sindicais.

Waldemar fez um breve relato de como a empresa age em relação aos sindicatos mais organizados brasileiros. “Quando há unidade na categoria, a empresa faz de tudo para dividi-lo, criando o chamado sindicato da pesada”, diz o presidente da Conticom. Waldemar se referia à formação de sindicatos composto por trabalhadores que atuam na construção de estradas, pontes, etc. “As relações não são diferentes nos EUA”, diz O’Sullivan. “Dependendo dos interesses da empresa, as relações com os sindicatos regionais são mais ou menos formais”, explica o sindicalista.

A Odebrecht pediu um financiamento ao Banco Mundial. Mas, para isso precisará cumprir alguns pré-requisitos, entre eles, ter um relacionamento considerado satisfatório junto aos sindicatos nos países em que atua. Como essa relação é péssima por onde quer que esteja, tanto a LIUNA, quanto a Conticom acreditam que será muito difícil ela obter o financiamento. No entanto, o objetivo é forçar a empresa mudar da água para o vinho o tratamento que reserva aos sindicalistas e aos sindicatos.

“A Odebrecht precisa parar imediatamente de dividir os trabalhadores financiando a fundação de sindicatos pelegos, respeitar acordos e negociar decentemente com a categoria”, diz Waldemar. A Conticom começará a partir de agora a buscar informações junto aos seus sindicatos filiados sobre a Odebrecht. O mesmo acontecerá, por iniciativa da Conticom e da LIUNA, entre as organizações sindicais no Peru e na Guatemala, países em que a Odebrecht também atua e tem as piores relações possíveis com os sindicatos.