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Margaridas a Lula: ‘Jamais conseguirão deter a chegada da primavera’

"Alimentamos esperança que sua liberdade está próxima", dizem Margaridas. "Governamos como uma mãe que protege os mais fracos, agora governam com ódio”, responde Lula

Publicado: 20 Agosto, 2019 - 17h28

Escrito por: Redação CUT

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A Marcha das Margaridas chegou na manhã desta quarta-feira (14) à Esplanada dos Ministérios, em Brasília, depois de sair do Pavilhão do Parque da Cidade. O ex-candidato à presidência da República pelo PT, Fernando Haddad, leu a carta das ativistas endereçada ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

“Alimentamos a esperança de que sua liberdade está próxima e lutaremos para que ela venha muito em breve. Sabemos que essa condenação e prisão injusta é uma vingança da elite brasileira contra o presidente que mais fez para melhorar a qualidade de vida das pessoas pobres e transformou o Brasil em um país importante no cenário mundial”, dizem as margaridas em trecho da carta endereçada ao "querido Lula".

A carta diz ainda que as Margaridas estarão “nas ruas por sua liberdade e legado, Lula, afinal, como você mesmo nos falou: ‘eles jamais conseguirão deter a chegada da primavera'”.

Em sua fala, Haddad endossou a carta. “Enquanto aqueles que detêm o poder e quem dá apoio para quem detem o poder estão pedindo para fecharem as instituições, nós, democratas, estamos pedindo uma coisa muito mais básica: justiça para Luiz Inácio Lula da Silva”, disse.

Em resposta, o ex-presidente diz ter ficado “muito feliz” com a mensagem e lamentou não poder estar presente. “Queria estar com vocês mais uma vez na marcha. Será que outros presidentes que não os do PT marcharam com as mulheres do campo? Mas mesmo que eles coloquem paredes para me impedir de estar aí fisicamente, continuamos juntos, lado a lado, nessa marcha”, escreveu.

Lula deixou uma mensagem de esperança para as integrantes da Marcha. “Esse momento difícil de hoje passará. Ele não é fim da nossa caminhada. Ele é apenas uma pausa na construção do Brasil que queremos: justo, com soberania popular, democracia, justiça, igualdade e livre de violência. O povo brasileiro voltará a ser tratado com o respeito que merece. As mulheres da nossa terra voltarão a ter o respeito e carinho que merecem. O ódio não vencerá o amor. O medo não vencerá a esperança. A grosseria não vencerá a solidariedade.”

Confira a íntegra da carta de Lula.