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Mutirão Lula Livre dialogará com a sociedade no próximo fim de semana

Em todo o país, militância conversará com a população sobre os motivos da perseguição política ao ex-presidente Lula e sobre como sua liberdade ajudaria a ‘consertar’ o Brasil sem atacar direitos

Publicado: 23 Maio, 2019 - 17h19

Escrito por: Redação CUT

Neste sábado (25) e domingo (26), será realizado em todo o Brasil o Mutirão Lula Live, iniciativa que envolve de brasileiros e de brasileiras de todo o país, de movimentos populares, sindical, estudantil, coletivos de cultura, feministas, população negra e LGBT, além de organizações políticas. O propósito é o diálogo com a sociedade sobre a prisão política e injusta do ex-presidente Lula, mantido preso político na sede da Superintendência da Polícia Federal de Curitiba desde abril do ano passado.

Os comitês Lula Livre irão às ruas em todo o país para conversar com a população tanto para explicar os equívocos do processo injusto do qual Lula é vítima como o os motivos da perseguição sofrida pelo ex-presidente.

Paulo Okamoto, presidente do Instituto Lula e um dos idealizadores do mutirão, explica que a intenção não é fazer mobilizações de massa ou “criar grandes cenas”, mas espalhar pelo país pequenas ações em que se possa conscientizar o povo brasileiro sobre o que está acontecendo com o Brasil e sobre as políticas implementadas nos governos do petista que permitiram combater as desigualdades e criaram oportunidades para a população, como mais acesso à educação, saúde e moradia, além de geração de emprego e renda.

“Hoje há um desmonte dessas políticas. O projeto em curso no Brasil é o de acabar com os direitos dos mais pobres e para eles é importante calar a voz de Lula, que representa uma consciência crítica de grande parte da população”, afirma Okamoto.

Ainda de acordo com ele, “Lula em liberdade, dialogaria com a sociedade e ajudaria a criar uma alternativa, uma saída para a crise, sem prejudicar trabalhadores, diferente do que está sendo feito agora, que é a destruição de direitos”.

Se Lula vencesse as eleições [em 2018], seria muito difícil para a elite implementar esse projeto anti-Brasil, por isso eles mantêm Lula como preso político
- Paulo Okamoto

Trabalho de formiguinha

O presidente do instituto Lula explica que o mutirão terá a característica de trabalho de base: “É criar uma prática de fazer com que as pessoas que querem o bem do povo brasileiro saiam às ruas e conversem com outras que ainda não entenderam o que está acontecendo com a Previdência, com a educação e explicar as consequências. Explicar que vai ser ruim para o povo brasileiro”,

Segundo ele, será a oportunidade de defender um Brasil mais justo, ‘trocando ideias’, mostrando um panfleto, ou até mesmo nas redes sociais. “É investir algum tempo para defender o futuro dos brasileiros e brasileiras”.

Okamoto complementa que esta “será a primeira experiência e a ideia é fazer com que várias pessoas percebam que é possível dedicar um pequeno tempo se tornando militantes sociais, digitais, comunitários para defender o Brasil”.

Queremos criar uma nova prática, um novo comportamento político para que nossas lutas tenham a devida atenção dos governantes
- Paulo Okamoto

Como?

Rosane Silva, do Comitê Nacional Lula Livre explica que serão dois dias de conversa com amigos e familiares, com trabalhadores e trabalhadoras, em feiras, nas igrejas, locais públicos sobre a relação existente entre a prisão política de Lula e os ataques do governo Bolsonaro aos direitos sociais e trabalhistas.

“Vamos para as calçadas com banquinhos, bater de porta em porta, falar com trabalhadores nas empresas etc. É hora do olho no olho”, afirma Rosane Silva.

O material produzido para a o mutirão (jornais, vídeos, entrevistas e fotos) será distribuído e mostrado em panfletagens em terminais de transportes e bairros populares, em rodas de conversa em locais públicos como praças, mercados e feiras, além de atividades culturais em locais de grande circulação como saraus, rodas de samba e apresentações de artistas.

Plano de luta

Desde o encontro Nacional Lula Livre realizado em São Paulo, em 16 de abril, os Comitês Lula Livre estão promovendo também atividades culturais e atos inter-religiosos, a exemplo do que acontece na Vigília Lula Livre, em Curitiba.

A expectativa da frente ampla de partidos, entidades e movimentos que compõem o Comitê é que a ação reúna o máximo de militantes e ativistas durante os dois dias de modo que se consiga levar o debate para toda a sociedade.

A agenda inclui, no dia 2 de maio, na Praça da República, centro de São Paulo, o Festival Lula Livre, com apresentação de vários artistas, como Criolo, Emicida, Rael, Aíla, Arnaldo Antunes, Chico César, Thaíde, Tulipa Ruiz, a banda Dead Fisher, Zeca Baleiro, Otto, Nação Zumbi e Baiana System. As apresentações terão início às 14h.