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Construção civil do Espírito Santo anuncia greve a partir de 23 de abril

“Momento é de unidade e de mobilização, pois o Sindicato patronal está com uma fome voraz”, denuncia o presidente Carioca Peres

Publicado: 17 Abril, 2018 - 10h52

Escrito por: Conticom

Em sua primeira Campanha Salarial após a “reforma” trabalhista de Temer, o  Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil do Espírito Santo (Sintraconst-ES) vem investindo forte na capacidade de mobilização e na unidade da categoria para barrar “a fome voraz do sindicato patronal”.
LISTA DE ABSURDOS - Conforme Carioca Peres, presidente do Sintraconst e da executiva da Conticom, o empresariado perdeu completamente o freio e terá de ser barrado pelo levante dos canteiros de obras. “Querem acabar com a nossa Convenção Coletiva de Trabalho (CCT); implementar banco de horas no lugar de horas extras; impor a flexibilização de jornada de trabalho de acordo com a empresa; colocar dois pisos salariais, um para o qualificado e outro para o não-qualificado, inclusive rebaixando os salários; acabar com a Participação nos Resultados, com o Plano de Saúde, com as homologações no sindicato, com o café da manhã, com o cartão alimentação e com o representante sindical, entre tantas outras cláusulas da nossa Convenção”.
AFRONTA - Diante desta afronta, ressaltou Carioca, “tiramos como estratégia realizar assembleias nos canteiros, pôr caminhão de som nas obras; e divulgar informativos com as deliberações”.
ULTRATIVIDADE -  “No próximo dia 23 de abril, segunda-feira”, explicou, “entraremos em greve,  já que nossa data-base é 1º de maio e a partir daí, perdemos nossa CCT, já que Gilmar Mendes, acabou com a ultratividade da CCT e os acordos”. A ultratividade consistia na ação de aplicar uma lei (ou dispositivo) já revogada em casos que ocorreram após o período em que esta estava vigente. Em outras palavras, se antes o trabalhador estava protegido, pois a CCT continuava a valer mesmo após o término da vigência, agora ficará completamente a descoberto.