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Operários de Volta Redonda em defesa do turno de 6 horas na CSN

Sindicato alerta para o impacto negativo que a ampliação do turno geraria nos empregos

Publicado: 23 Outubro, 2017 - 17h20

Escrito por: LWS

Ampliação do turno teria impacto extremamente negativo sobre os empregosAmpliação do turno teria impacto extremamente negativo sobre os empregosO Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de Volta Redonda (Sintraconsmonpes) e região participou na última segunda-feira (16) do ato em defesa do turno de seis horas da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN). O movimento foi convocado pela Diocese Volta Redonda-Barra do Piraí, com o apoio de sindicatos, centras sindicais, movimentos sociais e populares, entre outros.  
 Uma das prioridades da CSN é a implantação do turno de oito horas. No dia 26 de setembro, os metalúrgicos decidiram, através de uma consulta, que o sindicato não poderia negociar com a empresa a implantação desse regime de turno. Em reposta a CSN decidiu que implantaria a partir de 16 de outubro, o turno fixo de oito horas. Foi convocada uma nova assembleia com os metalúrgicos que voltaram a rejeitar a imposição e aceitaram negociar o revezamento. O turno de seis horas continua valendo enquanto acontecem as negociações.
GREVE DE 1988 - O presidente do Sintraconsmonpes, Sebastião Paulo, ressaltou que a implantação do turno de oito horas representa um grave prejuízo econômico, pois calcula-se o fim de 1.000 postos de trabalho diretos e 2.500 indiretos. Além disso, o turno de seis foi conquistado com a luta de muitos companheiros e a morte de três operários- Willian, Walmir e Barroso-, na greve de 1988.
HONRAR OS CAÍDOS - “Inclusive Barroso era um grande amigo. Não podemos aceitar que essas mortes tenham sido em vão. Em Volta Redonda e em todo país temos que continuar lutando contra turnos de oito horas, contra o desemprego e em favor da vida dos brasileiros”, declarou o sindicalista. A ameaça do turno de oito horas reforçou a importância de defender a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e a Constituição. Sebastião Paulo lembra que há muito tempo o sindicato vem denunciando, nas portarias da CSN, o golpe contra o trabalhador e o cidadão.