Ministério Público aponta negligência na morte de trabalhador em obra no aeroporto de Viracopos

Procuradores do Ministério Público do Trabalho (MPT) vistoriaram as obras de ampliação do Aeroporto Internacional de Viracopos após a morte do trabalhador por soterramento no dia 22 e constataram a falta de escoras laterais na construção.

Segundo o procurador Alex Garbellini "houve negligência do consórcio no fornecimento de proteção coletiva (escoramento), que poderia ter evitado o acidente fatal. A responsabilidade de manter a obra em perfeitas condições de segurança é unicamente do empregador, a quem compete fiscalizar o seu cumprimento e zelar pela integridade física de seus trabalhadores".

De acordo com o MPT, o escoramento é exigido pelas normas de segurança do trabalho. No momento do acidente, os operários trabalhavam em um plano inclinado que levava até o local mais profundo da escavação, quando a terra desabou sobre dois deles. O MPT destaca que o terreno estava molhado e havia atividade de retroescavadeiras no entorno da escavação.

As obras foram parcialmente retomadas na última quarta-feira (27) em algumas frentes como terraplenagem, descarregamento de materiais, montagem de canteiro, pátio de vigas e acampamentos. A responsável pela operação do aeroporto de Viracopos afirmou que deu início ao processo de apuração dos fatores e das causas do acidente, mas ainda não em data para ser concluído.