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Construção civil está de luto: Morre o sindicalista Márcio Pereira de Faria

Diretor do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil, Montagem e Construção Pesada do Sul Fluminense deixa a esposa, quatro filhos e três netos

Publicado: 22 Maio, 2012 - 15h17

Escrito por: Ligia Passos

 

 

Morreu na última sexta, 18, o sindicalista Márcio Pereira de Faria, 56 anos. Ele era diretor do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil, Montagem e Construção Pesada do Sul Fluminense e estava internado, desde quarta-feira, 16, no Hospital Municipal de Pinheiral. O óbito teve como causas insuficiência renal e diabetes. O corpo do sindicalista foi enterrado no sábado, 19, no Cemitério Municipal Bom Jardim, no Retiro. Casado, deixa a esposa, quatro filhos e três netos.

Carpinteiro aposentado, Márcio atuou no Sindicato da construção civil por 27 anos.  Era militante do Partido dos Trabalhadores (PT) e militante da Central Única dos Trabalhadores (CUT) regional, estadual e nacional. Nos anos 80 iniciou a sua trajetória sindical, sendo que em 85 compôs definitivamente a diretoria da entidade. Neste mesmo ano teve participação importante na primeira greve dos metalúrgicos e das empreiteiras da construção civil.

Outras lutas de destaque que se somam a sua trajetória foram à greve geral, de 86, e a greve da CSN, em 88, quando o exército invadiu a Usina Presidente Vargas e que resultou na morte dos três operários: William, Walmir e Barroso.

“O Márcio era um companheiro para todas as ocasiões. Um sindicalista incansável em defesa da categoria. Para nós é uma grande perda, tanto para a construção civil como para o movimento sindical brasileiro”, informa o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil, Montagem e Construção Pesada do Sul Fluminense, Dejair Martins, ressaltando que Márcio, também, apoiava as lutas da categoria em outros estados onde a CUT estava presente.

No Sindicato, Márcio já estava há sete mandatos como membro da diretoria executiva da entidade. No movimento social integrou também várias lutas importantes e de interesse da comunidade, dentre elas o apoio ao Movimento Sem Terra, com grande destaque na ocupação do Parque Maira, em Pinheiral, onde residia. Essa atuação fez dele presidente da Associação dos Moradores do bairro.

 O velório do sindicalista contou com as presenças de diretores e funcionários do Sindicato, de várias lideranças de outros sindicatos, dos movimentos sociais e políticos da região, religiosos, familiares e amigos. Enfim, Márcio, um grande guerreiro.