MENU

PARANÁ ARRANCA AUMENTO REAL NA VOTORANTIM

Reajuste no Piso, aumento no vale alimentação, no material escolar e no vale farmácia pôs fim a paralisação

Publicado: 21 Novembro, 2011 - 14h24

Escrito por: CUT - PR

 

A mobilização dos trabalhadores da Votorantim, aliada à negociação efetuada pela diretoria do Simencal (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Cimento, Cal e Gesso de Rio Branco do Sul), fez a empresa apresentar nova contraproposta. Após decidir na semana passada, em assembleia, pela paralisação dos serviços prestados à empresa a partir de quarta-feira (16), os trabalhadores reconsideraram a mobilização após uma mudança de postura da empresa ao enviar nova proposta à categoria. Com uma nova alternativa nas mãos, os trabalhadores decidiram por 284 votos a favor da proposta. Foram 197 contrários, além de um voto nulo.
VALORIZAÇÃO - “Foi um avanço considerável que a categoria conquistou, mas isso em função da mobilização ocorrida e por este motivo a empresa voltou atrás e fez uma nova proposta. Ainda há muito o que melhorar, mas sem dúvida, foi um grande avanço”, avalia o presidente da CUT-PR, Roni Barbosa.
Com a nova proposta os trabalhadores alcançaram um aumento real de 2%, o piso também foi reajustado para R$ 900 tendo uma ampliação de 11%, além do aumento no vale alimentação que passará para R$ 250 contra os R$ 164,50 anteriores, um aumento de 51%. O reembolso do material escolar e o vale farmácia também foram rejustados para R$ 130 e R$ 70 respectivamente. 
“Com a proposta ainda ampliamos o valor das horas extras que passam a ser de 100%, quando antes era 50%”, explica o presidente do Simencal, Manoel de Oliveira. Com o fim do impasse, a categoria agora volta a atenção para discutir a nova PPR (Programa de Participação nos Resultados) que, por muito pouco, não travou um acerto imediato da categoria com os patrões.
Na avaliação do presidente da CUT-PR, Roni Barbosa, a ausência de uma melhora consistente neste ponto quase foi responsável pela votação apertada na aprovação da proposta. “Muito embora o avanço tenha sido considerável, e por isto a aprovação, o ponto da PPR ficou travado e pouco andou. Com isso, por muito pouco uma greve não foi deflagrada. Mas, nas urnas, esta votação deixa o recado para a empresa. Os trabalhadores estão mobilizados e é preciso avançar também no PPR”, completa Barbosa. Atualmente o plano da empresa é dois salários e meio ao final do ano com possibilidade chegar a três caso as metas sejam ultrapassadas em 100%.