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Indústria deverá crescer 8%

Apesar das dificuldades das empresas exportadoras por causa da desvalorização do dólar e da(...)

Publicado: 13 Dezembro, 2010 - 01h02

Escrito por: Diário do Nordeste – Fortaleza, CE – dia 12

Apesar das dificuldades das empresas exportadoras por causa da desvalorização do dólar e da crise no mercado internacional, o economista do Instituto de Desenvolvimento Industrial (Indi) da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), Pedro Jorge Ramos Vianna, diz que a projeção de crescimento para a indústria cearense é de 8% em 2011.

 

Já o Brasil não tem infraestrutura para aguentar crescimento sustentável de 7% ao ano e precisa investir numa política de estímulo à indústria. Essa é a avaliação do economista e consultor internacional Francisco Alcântara Macedo.

 

"O governo brasileiro está procrastinando uma política industrial que proporcione crescimento. Cerca de 1,6 mil indústrias deixaram de exportar nos últimos quatro anos", critica. Para o economista, o dólar baixo concentra a exportação em grandes indústrias, mas são as pequenas que mais empregam.

 

A crise iniciada em 2008 continua assombrando países europeus como Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e a Espanha (Piigs nas iniciais em inglês dos países) e a queda do dólar têm afetado negativamente as exportações dos produtos brasileiros.

 

"Existe uma tendência de redução de consumo nos países em crise, o que significa redução das exportações", explica o superintendente do Centro Internacional de Negócios (CIN) da Fiec, Eduardo Bezerra Neto. Por conta do cenário internacional difícil, o superintendente do CIN considera que é necessário que o próximo governo federal tome medidas para "preservar a competitividade" das empresas exportadoras no Brasil.

 

Construção civil

 

Há entretanto segmentos que têm sido menos afetados por esse cenário internacional. Segundo a economista do Ipece, Eloísa Bezerra, os investimentos na indústria de transformação, que está se equipando para uma maior competitividade, e a construção civil, que registrou um maior dinamismo em 2010, são os destaques no setor industrial. "A tendência é continuar no mesmo ritmo, em 2011, tendo em vista a realização da Copa de 2014 e novos investimentos", analisa.

 

As medidas anunciadas há cerca de uma semana pelo Banco Central para tentar conter a inflação foram duramente criticadas pelo presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado (Sinduscon), Roberto Sérgio Ferreira. "Não se faz menção à linha de crédito da construção civil, mas isso tem impacto direto nos insumos, que vão ficar mais caros. As construtoras vão passar isso para o preço ou ter de diminuir a margem de lucro", destaca. Apesar disso, o Sinduscon prevê crescimento do setor entre de pelo menos 4% em 2011.