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Mobilização garantiu “melhor acordo do Brasil”, segundo Federação.

Os trabalhadores da Construção Civil do Espírito Santo estão comemorando. Segundo o presidente(...)

Publicado: 15 Maio, 2009 - 09h07

Escrito por: Conticom/CUT

Os trabalhadores da Construção Civil do Espírito Santo estão comemorando. Segundo o presidente da Federação dos Trabalhadores das Indústrias da Construção Civil e Similares, Montagem, Terraplanagem, Cal, Gesso, Artefatos de Cimento, Cerâmica, Ladrilho, Argila, Madeira, Granito do Estado (Fetraconmag), Aécio Leite, a categoria acaba de fechar “o melhor acordo do Brasil até o momento”.

Com data-base em 1º de maio, os trabalhadores tiveram um reajuste de 10% para quem recebe até R$ 3.500,00 e 8% para os companheiros que recebem acima desse valor. Além disso, as mobilizações garantiram o fornecimento da cesta de Natal para todos os trabalhadores, o fechamento de acordos de hora-extra somente no Sindicato e sob o percentual de 100% nos dias de sábado. Quanto à PRL, ficou determinado a criação de comissões que iniciará os trabalhos 120 dias antes da data-base para elaborar programas de pagamento. A empresa que descumprir a cláusula vai pagar multa de 10% do salário de cada funcionário mais 5% a cada 30 dias de atraso. Toda a quantia será revertida para o bolso do trabalhador. O acordo vale para todo o Estado.

O novo acordo também põe fim à emissão de aviso prévio trabalhado para os companheiros com mais de dois anos de empresa e garantiu que o cálculo do valor do tíquete terá como base todos os itens da cesta básica.

O presidente da Fetraconmag, Aécio Leite, diz que esse acordo não teria sido feito, não fosse a mobilização da categoria. “As assembléias sempre eram lotadas, com muita participação e interesse dos trabalhadores”, explica Aécio. A categoria, diante da recusa inicial dos patrões em negociar a pauta de reivindicações e da ameaça do corte de direitos (fim da PRL, do feriado de 6 de outubro, e um índice de reajuste de apenas 6%), decretou “estado de greve” durante as comemorações do 1º de Maio, em Vitória, ES. Segundo o boletim do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de Vitória, ES, “a categoria subiu o tom da conversa”, o sindicato chamou os trabalhadores e os resultados vieram bem depressa.