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Governo Lula promove crescimento da renda e emprego na construção civil

A construção civil vive um momento de forte crescimento, puxada pelas medidas de estímulos(...)

Publicado: 17 Outubro, 2010 - 22h20

Escrito por: Site do PT – publicado dia 15

A construção civil vive um momento de forte crescimento, puxada pelas medidas de estímulos adotadas pelo governo Lula. Os impactos sobre o nível de emprego e a renda dos operários que trabalham no ramo são bastante positivos, segundo a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) realizada pelo Departamento Intersindical de Estudos e Estatísticas Socioeconômicas (Dieese) em parceria com instituições e governos estaduais.

 

O levantamento, realizado em sete regiões (Distrito Federal e regiões metropolitanas de Belo Horizonte, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Salvador e São Paulo), indica que a ocupação na construção cresceu 1,3% no primeiro semestre deste ano, o que significou a incorporação de 13 mil pessoas ao total de empregados do ramo em relação ao segundo semestre de 2009.

 

Com isso, nas sete regiões estudadas, a indústria da construção passou a contabilizar 1.229 mil trabalhadores, entre empregados com e sem registro na carteira de trabalho, autônomos ou conta própria, empregadores e profissionais liberais. Na comparação com o primeiro semestre de 2009, o crescimento da ocupação no conjunto das regiões chega a 12,2%, sinalizando um acréscimo de 134 mil ocupados no ramo.

 

De janeiro a junho de 2010, somente a Região Metropolitana de São Paulo assinalou decréscimo do rendimento médio real dos trabalhadores do setor (-3%). Nas demais, embora com intensidade diferenciada, a remuneração dos operários da construção aumentou: 10,7% em Recife, 10,6% no Distrito Federal, 9,1% em Belo Horizonte, 8,8% em Salvador, 6,9% em Fortaleza e 1,5% em Porto Alegre.

 

Mesmo após a queda, São Paulo se manteve como o Estado onde o rendimento médio dos trabalhadores da categoria é mais elevado (R$ 1.151), ao passo que Recife é a região onde a renda desses operários é a menor das regiões pesquisadas (R$ 536). Já em relação ao primeiro semestre de 2009, a única região metropolitana onde houve queda nos rendimentos do setor foi a de Belo Horizonte, com recuo de 5,9%.

 

Na comparação entre os primeiros semestres de 2009 e 2010, o nível ocupacional na Construção Civil cresceu em todas as regiões pesquisadas. O maior crescimento ocorreu na região metropolitana de Fortaleza (30,5%), enquanto Belo Horizonte assinalou o aumento mais comedido (5%).

 

Tendo como parâmetro o primeiro semestre de 2000, percebe-se um crescimento expressivo do número de trabalhadores ocupados na Construção Civil em todos os mercados regionais pesquisados (neste caso, não é possível fazer a comparação para Fortaleza). Entretanto, é possível verificar dois períodos relativamente distintos: um que se estende do primeiro semestre de 2000 até o primeiro semestre de 2005, e caracteriza-se pela relativa estabilidade do nível ocupacional do setor; e um segundo período que se inicia a partir do segundo semestre de 2005, em sintonia com o maior dinamismo da economia brasileira. A partir de então, os postos de trabalho na construção passam a registrar uma tendência de crescimento mais acelerada.

 

Em relação ao mesmo período de 2009, o primeiro semestre de 2010 assinalou aumento do rendimento médio real dos trabalhadores do segmento da construção. A única exceção ficou por conta da região metropolitana de Belo Horizonte, onde o rendimento médio real apresentou um decréscimo de 5,9%. Os aumentos mais expressivos, por seu turno, foram registrados em Porto Alegre (9,7%) e no Distrito Federal (9,3%).

 

Os técnicos do Dieese atribuem a boa performance do ramo, que é um dos principais carros-chefe do crescimento econômico atual, à política do governo para recuperar os investimentos, ampliar o acesso ao crédito3 e prorrogar a isenção do Imposto sobre Produto Industrializado - IPI para material de construção até dezembro de 2010. Tudo isto foi concretizado principalmente a partir do segundo semestre de 2005.

 

Neste sentido, cumpre também destacar o programa Minha Casa, Minha Vida e as obras para viabilizar a realização da Copa do Mundo e das Olimpíadas no Brasil. O contraste com o governo FHC é marcante, pois a filosofia neoliberal dos tucanos resultou na redução dos investimentos, escassez do crédito e falta de democracia na definição dos rumos da construção. O desempenho do ramo, em termos de produção e emprego, foi medíocre, o déficit habitacional aumentou e o quadro só começou no governo Lula.