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Amorim diz que América Latina não vai tolerar ameaças à democracia no Equador

Brasília – Minutos antes de deixar hoje (30) Porto Príncipe, no Haiti, rumo a Brasília, o(...)

Publicado: 30 Setembro, 2010 - 23h43

Escrito por: Agência Brasil – publicado dia 30

Brasília – Minutos antes de deixar hoje (30) Porto Príncipe, no Haiti, rumo a Brasília, o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, sinalizou que os governos latino-americanos não assistirão ao agravamento da crise política no Equador sem reagir. O chanceler ressaltou que o movimento dos policiais equatorianos, que acabou gerando protestos generalizados, confrontos, agressões diretas ao presidente do Equador, Rafael Correa, e ameaças à ordem do país não serão tolerados pelas autoridades da América do Sul.

 

Segundo ele, as primeiras demonstrações foram dadas com a convocação extraordinária nesta quinta-feira da reunião da União das Nações Sul-Americanas (Unasul), em Buenos Aires, na Argentina.

 

“É muito importante que a nossa região tenha reagido rápido aos eventos do Equador. A Unasul vai se reunir hoje mesmo [em Buenos Aires, na Argentina]. Não vamos tolerar afrontas ao processo democrático e à autoridade civil de um governo legitimamente eleito”, afirmou Amorim.

 

O Equador amanheceu hoje em clima de tensão. Cerca de 800 policiais nacionais promoveram várias manifestações por todo o país a partir de Quito, a capital, tomando os principais quartéis e fazendo críticas ao governo.

 

A causa do protesto, segundo os manifestantes, é a aprovação de uma lei, proposta por Correa, que elimina a concessão de benefícios – bônus, gratificações e promoções – para funcionários públicos. As manifestações levaram a confrontos entre críticos e simpatizantes de Correa. O próprio presidente foi agredido ao tentar conversar com os manifestantes e acabou isolado no Hospital da Polícia Nacional aonde recebeu os primeiros socorros.

 

Da janela do hospital, Correa fez um discurso em que acusou os manifestantes de tentativa de golpe de Estado. Segundo ele, os insubordinados devem ser expulsos da corporação. Também hoje, pela manhã, Correa ameaçou dissolver a Assembleia Nacional, uma vez que a nova Constituição dá poderes para o presidente promover a dissolução do Parlamento. Correa reclama das recentes rejeições de matérias enviadas pelo Executivo ao Legislativo.