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Acidentes fatais: Relembre alguns relatos de acidentes destacados pelo Site da Conticom neste an

MT: Setor da construção é campeão em acidente no trabalhoO setor de construção civil é um(...)

Publicado: 20 Setembro, 2010 - 07h44

Escrito por: Assessoria Conticom

MT: Setor da construção é campeão em acidente no trabalho

O setor de construção civil é um dos que mais registra acidentes de trabalho em Mato Grosso. Em 2008, último ano da pesquisa, foram 727, com 12 vítimas fatais. A maioria em obras de infra-estrutura. O número foi superior aos 2 anos anteriores. Em 2007, foram 659 e, em 2006, 318. Já no número de mortes houve redução, nos outros períodos foram 19 e 14, respectivamente. Dados que colocaram o segmento na terceira posição em número de óbitos e quarto no de acidentes de trabalho. Entre 2004 e 2008, Mato Grosso foi o campeão nacional em mortalidade ocasionada por acidentes de trabalho, de acordo com dados do Ministérios da Previdência Social. A taxa foi de 35,52 mortes para cada grupo de 100 mil pessoas economicamente ativas. No país, a média ficou em 10,01 no mesmo indicador.

 

Neste mesmo período, o número de acidentes de trabalho no Estado dobrou, passando de 6.881 para 13.677. Somente no ano passado, a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de Mato Grosso realizou 1.063 fiscalizações em indústrias da construção civil, número bem superior do que anos anteriores. Em 2008, por exemplo, foram 423 apenas. As ações resultaram em 762 autuações para 160 empresas, devido a constatação de irregularidades.

 

Uma das mais comuns é a falta dos Equipamentos de Segurança Individuais e Coletivos (EPIs e EPCs). Segundo a chefe do Núcleo de Segurança e Saúde do Trabalho, Marly Vasconcelos, a maioria dos acidentes ocorre devido quedas, soterramentos ou choques. Eles podem ser evitados se seguidas as normas de segurança. "A maioria dos acidentes é evitada com os equipamentos de segurança coletiva, implantados pela empresa, e é claro, também os individuais". Porém, na prática, isso nem sempre ocorre. "Geralmente nas obras menores, não há esta preocupação".

A Gazeta 01/05/2010

 

 

São Paulo: Donos de construtora adulteram local de morte de servente, tentam subornar policiais e são presos

Os engenheiros proprietários da Honduras Engenharia e Construções Roberto Bussab, 63, e Takao Kageyama, 65, foram presos em flagrante após serem surpreendidos pela Polícia Militar no momento em que adulteravam o local onde um servente de pedreiro de 18 anos morreu na tarde desta quarta-feira, na Mooca, zona leste de São Paulo. De acordo com a polícia, José Aparecido Ferreira da Silva trabalhava na construção de um prédio residencial, que estava sob responsabilidade do engenheiro da construtora, quando caiu do 10º andar. Após o acidente, na rua Padre Raposo, trabalhadores ligaram para o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), que constatou a morte do servente e acionou a PM, por volta das 15h.

 

De acordo com o boletim de ocorrência, ao chegar no prédio os policiais viram Kageyama colocando uma proteção chamada guarda-corpo no local de onde o servente caiu. A PM, então, questionou o empresário sobre o motivo dele mexer no lugar da queda. Em seguida, Kageyama e Bussab ofereceram R$ 10 mil para que os policiais "não vissem que ele estava modificando o local". Os policiais marcaram a entrega do dinheiro em frente à 3ª Delegacia sobre Infrações do Meio Ambiente e Relações do Trabalho, no Bom Retiro. No momento da entrega, os dois engenheiros foram presos. Até as 21h45, a ocorrência ainda estava em andamento na delegacia. Kageyama e Bussab serão indiciados por corrupção passiva, fraude processual e homicídio culposo (sem intenção de matar).

 

Por terem curso superior, eles foram encaminhados ao 40º DP (Vila Santa Maria). Procurado pela reportagem da Folha, o advogado dos engenheiros, que não se identificou, preferiu não se manifestar por ainda não ter elaborado a defesa dos clientes.

Folha Online, 05/05/2010

 

 

Ribeirão Preto (SP) - Ribeirão tem um acidente por semana em obra desde março

Ao menos seis trabalhadores da indústria da construção civil sofreram acidentes de trabalho entre os dias 31 de março e 6 de maio em Ribeirão Preto. Pela média, foi praticamente um acidente registrado por semana, nos últimos 37 dias. Dois casos resultaram em morte dos trabalhadores. O último acidente fatal ocorreu na sexta-feira, 30 de abril, mas veio à tona apenas nesta sexta-feira. O pintor Márcio José de Paula, de 38 anos, caiu de uma escada de quatro metros enquanto executava a pintura de uma concessionária de veículos, na avenida Maria de Jesus Condeixa, no Jardim Palma Travassos, região Leste de Ribeirão Preto. De acordo com a mulher da vítima, Marcela Cristina Santos de Paula, 28, o pintor caiu com a face no chão e sofreu politraumatismo no crânio. Ele chegou a ser levado para a Unidade de Emergência do HC (Hospital das Clínicas), mas não resistiu aos ferimentos. "Houve até perda da massa encefálica", conta.

Responsabilidade

O auditor fiscal do MTE (Ministério do Trabalho e Emprego) responsável pela indústria da construção civil, Edson Bim, disse desconhecer os últimos dois casos. Porém, ele afirma que as empresas devem se adequar às normas de segurança. Quatro trabalhadores se feriram e dois morreram em 37 dias; auditor culpa terceirização.

 

A Cidade, 07/05/2010

 

Jacobina, BA

Faleceu por volta das 16h30 Adriano Souza Pinheiro, que estava trabalhando numa obra localizada à Rua Edgard Pereira, no centro de Jacobina, feita pela Sobrado Construções Ltda. Segundo boletim de ocorrência lavrado na delegacia de polícia de Jacobina, ele estava retirando um barrote numa escora de parede quando houve o acidente.  Ele foi socorrido às pressas para o Hospital Antônio Teixeira Sobrinho, onde já chegou sem vida. Adriano morava no Cocho de Fora e nasceu no dia 2 de setembro de 1976.

 

Tribuna Regional Online 11/05/2010.

 

 

Belo Horizonte, MG: Operário morre ao ser atingido por uma peça de 500kg

Mais um operário morreu na construção civil mineira. Manoel Rodrigues de Almeida, 51, é a 17ª vítima de acidentes de trabalho no setor neste ano no Estado. Ele estava em uma obra na rua Pernambuco, bairro Funcionários, na região Centro-Sul da capital, quando foi atingido por uma peça de aproximadamente 500kg, que despencou de uma torre usada para fazer a sustentação de terrenos. De acordo com testemunhas, o trabalhador estava com a cabeça dentro da torre quando foi atingido. Ele usava capacete, mas a pancada foi tão forte que o equipamento não suportou o impacto. Ele chegou a ser socorrido por colegas, mas morreu antes da chegada do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Peritos da Polícia Civil estiveram na obra para apurar as causas, mas não falaram com a reportagem.

 

O acidente será investigado ainda pelo Ministério do Trabalho. O operário era funcionário da Geo Service, que presta serviços para a MIP Construtora. No lugar onde ocorreu o acidente está prevista a construção de um prédio residencial. Representantes da empresa responsável não comentaram o caso. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil (Sinduscon-MG), Osmir Venuto, lamentou mais uma morte. “Infelizmente são 17 trabalhadores que perderam a vida em Minas neste ano. Esse número pode ser maior porque não contabilizamos as mortes que ocorrem nos hospitais”, disse. Segundo ele, foi constatada a ausência de um técnico de segurança do trabalho na obra.

 

O Tempo – Contagem/MG -12 /05/2010

 

 

Nova Lima, MG: Acidente com 3 operários da construção civil em Nova Lima.

Um operário morreu e outros dois ficaram gravemente feridos após parte da grua em que travalhavam na construção de um predio cair no bairro Vila da Serra em Nova lima na rua Igá, Região metropolitana de BH (MG).

 

Segundo o corpo de bombeiros, o braço da grua que estava a mais de 80 metros de altura se soltou, caindo em queda livre e matando na hora o operário Roberto Adriano de Lima. O pedreiro Roberto de Assis Pereira, 24 anos foi levado para o Pronto-Socorro João XXIII em estado grave com fraturas múltiplas. Uma terceira vítima, (fotos acima),o operário Paulo César Vieira Faria, 31 anos, ficou preso a uma altura de cerca de 50 metros durante 3 horas.``Ele ficou ferido e inconsciente. Como o operário usava cinto de segurança, ele ficou preso no equipamento, mesmo tendo caído cerca de 30 metros, onde ficou preso e inconsciente em um dos suportes (para descanso) no meio da grua.

 

Para retirá-lo, os bombeiros utilizaram um cabo de aço que foi preso à grua, que estava suspensa ao prédio em obras.

 

Cristiano Couto Blogpost, 18/05/2010

 

 

 

São Paulo, SP: Desabamento de muro em obra mata um operário em São Paulo

Continua crescente o número de acidentes na Construção Civil. Na tarde desta Segunda-feira – 17/05/2010 – um operário de uma construção civil morreu após o muro de uma obra desabar sobre ele. O Acidente ocorreu na Rua Rui Barbosa, Bela Vista, centro de São Paulo. Até o momento não foi informado a identidade do operário, mas 4 viaturas do Corpo de Bombeiros já estão no local.

 

Agência Estado

 

 

 

Recife, PE: Operário morre no estaleiro Atlântico Sul em Pernambuco

Menos de um mês após o Sindicato da Construção Civil ter fincado 40 cruzes nas areias da praia de Boa Viagem, em Recife, para simbolizar o número de operários mortos no estado em acidentes de trabalho nos últimos cinco anos, mais uma morte foi registrada nesta sexta-feira, dessa vez no Estaleiro Atlântico Sul (EAS), que fica no litoral sul de Pernambuco.

 

O operário Joelson Ribeiro de Souza, de 47 anos, caiu da casa de máquinas, chegou a ser socorrido e conduzido para atendimento de emergência, mas não resistiu aos ferimentos. Até o momento, o EAS ainda não se pronunciou sobre o acidente. A morte de Joelson já é a sétima por acidente de trabalho este ano no estado. A maior parte ocorre na construção civil. O Ministério do Trabalho enviou uma equipe ao estaleiro para vistoria. Em 2008, já havia morrido um outro operário no local. Ele trabalhava na construção da plataforma P-55, na montagem dos blocos da estrutura.

 

Agencia globo.com. 21/05/10

 

 

Salvador, BA - Operário morre soterrado na Via Expressa

A rotina de uma vida interrompida. Niosvaldo Santos Silva, 46, saiu de casa ontem pela manhã para mais um dia de trabalho no canteiro de obras da Via Expressa Baía de Todos os Santos, na Rótula do Abacaxi, em frente ao Atacadão. Mas o servente não pôde voltar ao lar. Por volta das 15h30, enquanto Branco, como era conhecido entre os colegas, fazia a limpeza de um canal, um deslizamento de terra atingiu o operário. Ele morreu no local. Antes que a perícia chegasse, o corpo de Niosvaldo foi removido para um galpão da OAS Engenharia, empresa responsável pela obra.

 

O irmão da vítima, Nivaldo Carvalho Silva, acreditando que havia acontecido apenas um acidente de trabalho, entrou em desespero quando viu que um membro de sua família havia morrido, e precisou ser amparado por outros trabalhadores da construção. A obra foi suspensa ontem após o acidente. Para Adalberto Galvão, presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Pesada (Sintepav), a morte foi provocada pela falta de segurança no trabalho. “É mais uma nota triste nos acidentes de trabalho na área da construção civil. Esse fato revela a visão cartesiana que as empresas têm no sentido de tocar a obra enxergando somente o concreto, sem se preocupar com a vida humana”, declarou. Somente no canteiro de obras da Rótula do Abacaxi, mais de 700 operários estão em atividade.

 

De acordo com Galvão, a segurança no trabalho é uma questão que deve vir em primeiro plano. “Diante do ocorrido, já acionamos o Ministério Público do Trabalho para que intervenha e suspenda a continuidade da construção até que as causas dessa fatalidade sejam conhecidas. A empresa vai responder civil e criminalmente”, disse o presidente do Sintepav. Entre os trabalhadores, os sentimentos se misturavam. “Os empresários só querem ver a produção e esquecem a questão da segurança, negligenciam...”, revolta-se um operário que preferiu não ser identificado. “São coisas da nossa vida, né? Lamentável o que aconteceu. Dói ver uma situação como essa”, solidariza-se outro operário. A Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado (Conder), responsável pela obra, criou uma comissão para apurar as causas do acidente do funcionário da OAS.

 

Tribuna da Bahia 26/05/10

 

 

Ribeirão Preto, SP: Acidente de trabalho faz mais uma vítima em Ribeirão Preto.

Um operário da construção civil morreu na tarde desta terça-feira (1) na obra de um prédio no bairro Jardim Botânico, em Ribeirão Preto. José Cláudio da Silva Barbosa, de 31 anos, trabalhava na estrutura de ferro no alto do edifício quando se desequilibrou e caiu. A vítima sofreu uma queda de aproximadamente 15 metros, caindo no fosso de um elevador de serviços. Outro operário também se desequilibrou e caiu. Contudo, Marcos Lima Santos, de 30 anos, conseguiu se segurar no equipamento de segurança de outro colega e foi salvo.

 

As vítimas estavam sem o cinto de segurança no momento do acidente. Todo o trabalho realizado na construção do edifício em um dos pontos mais caros da cidade, teve de ser paralisado para o trabalho da Polícia Científica e dos auditores do Ministério do Trabalho em Emprego (MTE). Segundo o auditor Edson Bin, irregularidades foram constatadas na obra, o que pode ter gerado o acidente. “O elevador não pode subir sem ferragem, e ele estava subindo na parte inferior dele, então ele teve que debruçar pra pegar a ferragem e arrastar para o pavimento. Quando ele fez isso, escorregou e caiu dentro do fosso”, explica. O auditor disse ainda que a forma com que o serviço estava sendo feito era irregular. “O trabalhador estava realizando uma atividade que não é permitida pela legislação, que era a movimentação de ferragens para a última lage.”.

 

Os operários foram contratados por uma empresa de ferragens, que presta serviços à construtora Pereira Alvim, responsável pela obra. De acordo com o Ministério do Trabalho, a terceirização do serviço não exime a construtora da culpa do acidente. A construtora diz que vai aguardar os laudos e as investigações para se pronunciar, mas afirmou que não há irregularidades na obra. Barbosa era do Maranhão e veio para Ribeirão Preto para trabalhar na construção civil. Santos sofreu apenas escoriações pelo corpo, sendo atendido no pronto socorro central e liberado em seguida.  A polícia vai investigar o caso.

 

Ribeirão Preto online 02/06/2010

 

 

MS/Vista Alegre - Acidente em motobomba causa morte em usina de Maracaju

A Tonon Bionergia informa que uma súbita fragmentação de uma motobomba em uma de suas linhas de bombeamento de água para refrigeração provocou, acidentalmente, o falecimento de um prestador de serviços na manhã desta segunda-feira (5/7/10) em sua unidade Vista Alegre, localizada em Maracajú (MS). O colaborador, do setor de construção civil, estava trabalhando em um piso próximo ao local do acidente. Portanto, não executava nenhuma função relacionada ao equipamento fragmentado.

 

A empresa lamenta o acidente e já está em contato com a empresa prest adora de serviço para dar total apoio à família da vítima. A usina Vista Alegre está com suas atividades paralisadas até que os procedimentos técnicos de perícia sejam realizados.  Além de notificar os fabricantes dos equipamentos, a Tonon Bionergia já está providenciando uma perícia técnica independente para acompanhar e auxiliar os trabalhos de investigação.Trata-se do primeiro acidente fatal na planta desde o início de sua construção em 2008.

 

Maracju News  05/07/2010

 

 

Campinas, SP

Airton Ferreira de Lara morreu  enquanto trabalhava na construção de um prédio no bairro Swift, em Campinas. Segundo informações do Samu, alguns tijolos teriam caído do 20° andar e um deles atingiu o eletrecista que estava no térreo. O homem estava de capacete, mas não resistiu e morreu na hora. Sobre o acidente, a construtora responsável pela obra, a Goldfarb, disse que aguarda o laudo técnico sobre as causas do acidente para se pronunciar. A assessoria informou que a construtora está prestando toda a assistência à família da vítima.

 

EPTV – 10/06/2010

 

 

Itaituba, PA: Famílias acreditam em negligência em Itaituba

Sete mortos, mais de 20 feridos e quatro internados em estado de coma. Esse é o resultado do grave acidente que ocorreu na tarde da última segunda-feira, no interior da empresa Itaituba Indústria de Cimento do Pará S/A (Itacimpasa), localizada às margens da rodovia Transamazônica, a 34 quilômetros da cidade de Itaituba, oeste do Pará. De acordo com o Corpo de Bombeiros daquele município, era por volta de 14h30 quando parte de uma construção onde trabalhavam cerca de 30 operários desabou de uma altura de 30 metros, matando seis pessoas instantaneamente. A empresa Itacimpasa (antiga Caima), que atua na fabricação de cimento, estava sendo ampliada, o que justifica a obra.

 

No momento do acidente, segundo relato do operário Salomão da Cruz Borges, uma das vítimas, parte da obra caiu sobre outros trabalhadores que estavam embaixo, esmagando-os. Homens do Corpo de Bombeiros que atuaram no resgate das vítimas contam que uma estrutura de aproximadamente seis toneladas desabou sobre os operários. Por telefone, o sargento Wilson Silva, do Corpo de Bombeiros, informou que o trabalho de resgate contou com o apoio decisivo da Polícia Militar e do Exército, bem como de bombeiros que estavam de folga.  Num primeiro momento todas as vítimas foram levadas para o Hospital Municipal de Itaituba, mas devido ao estado grave de alguns, ainda na noite de segunda-feira treze deles tiveram que ser trasladados de avião para os hospitais Municipal e Regional de Santarém.

 

Na madrugada de ontem, já no Hospital Municipal de Santarém (HMS), onde todos os 13 pacientes foram atendidos, ocorreu o óbito da sétima vítima: Laurinaldo Almeida, de 33 anos. Segundo os médicos que o atenderam, ele apresentava fraturas expostas nos membros inferiores e traumatismo craniano.  Quatro operários foram transferidos para o Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA), entre eles um jovem de 26 anos que apresenta múltiplas fraturas pelo corpo e uma grave lesão na coluna vertebral. Em entrevista coletiva concedida na manhã de ontem, o diretor técnico do Hospital Regional, João Batista, declarou que as equipes médicas daquela casa estão envidando todos os esforços no sentido de salvar as vidas dos quatro operários. Já o diretor geral do HRBA, Herbert Moresk, declarou que o hospital está preparado para receber mais vítimas do acidente, caso seja necessário.

 

Sobre o paciente que está em estado mais greve, os diretores informaram no final da tarde que ele foi submetido a cirurgias na coluna e noutras partes do corpo. Entre os pacientes que foram transferidos para Santarém estão Adão Cícero Lopes de Sousa, Ismael da Conceição, Luiz Antônio Aragão, Luchard Ribeiro dos Anjos, Welton Célio da Silva e Silva, José Robson de Holanda Lima, Vandeilson de Oliveira Cabral, Salomão Cardoso Cruz Borges, Rilson do Socorro Lima de Sousa, Raimundo Vilson Matos e Laurinaldo Almeida, que faleceu. Os outros operários mortos são Antônio Carlos Santos, Silvio Cabral, Odair José de Oliveira Brás, José Catito, José Avelino e José Félix. Parentes das vítimas informaram que todos os acidentados são funcionários da empresa MPB, uma terceirizada que trabalha na ampliação do parque industrial da Itacimpasa. Segundo o senhor João Borges, pai do operário Salomão Cruz Borges, a estrutura que desabou começou a ceder ainda pela manhã e alguns trabalhadores chegaram a comunicar o fato ao responsável pela obra, mas nenhuma providência foi tomada para evitar o acidente.

 

O Corpo de Bombeiros e a Polícia Civil de Itaituba já anunciaram a instauração de inquérito para investigar as causas do acidente. Mas os parentes das vítimas já acreditam em falha humana e negligência por parte dos responsáveis pela obra. Tragédia foi a pior já registrada no município, afirma secretário - O acidente que deixou 17 feridos e sete mortos, ocorrido na empresa Itaituba Cimentos do Pará (Itacimpasa), em Itaituba, foi o maior do gênero já registrado no município. “Nunca houve tragédia maior, pelo menos não desta natureza”, afirma o engenheiro civil e secretário municipal de Infraestrutura, Manoel Miranda. Os operários, ligados à empresa M.P.B. Engenharia e Comércio, trabalhavam na construção de uma estrutura a cerca de 30 metros de altura, quando ela se partiu ao meio e desabou, provocando a tragédia. Não existe um banco de dados sobre acidentes de trabalho no município, mas os registros do Corpo de Bombeiros mostram que, entre maio de 2009 e julho de 2010, 11 pessoas morreram vítimas de acidente de trabalho.

 

Em maio de 2009, um trabalhador morreu na 33ª Rua, no bairro Jardim Vale do Tapajós, ao despencar do telhado de uma casa em construção quando finalizava a colocação das telhas. Outra vítima morreu no mês seguinte, quando sofreu um acidente semelhante, desta vez no bairro Jardim das Araras. Já em setembro, um trabalhador foi atingido por uma viga de madeira e sofreu traumatismo craniencefálico e morreu minutos depois de dar entrada no setor de emergência do Hospital Municipal. Em maio deste ano, outro trabalhador foi eletrocutado quando fazia o reparo na fachada de uma agência bancária no centro da cidade. Quanto ao acidente na Itacimpasa, até o momento não houve nenhuma declaração oficial por parte das empresas responsáveis, apesar de terem se comprometido em divulgar uma nota oficial informando sobre as prováveis causas do acidente.

 

Na manhã ontem, o delegado Alexandro Napoleão Santana montou uma equipe de policiais e foi até o local do acidente, onde foi feito um levantamento prévio, com imagens que deverão ser anexadas ao procedimento a ser instaurado pela Polícia Civil. Durante  a visita, o próprio delegado ficou impressionado com a imagem de destruição no local do acidente. Mas ele enfatizou que as duas empresas, tanto a Itacimpasa quanto a M.P.B. Engenharia e Comércio, que empregavam os operários vitimados, estão colaborando com o trabalho da polícia, que ainda vai depender do laudo, a ser expedido por técnicos do Centro de Perícias Científicas do Instituto Renato Chaves (CPC/RC) e do Centro de Atividades Técnicas do Corpo de Bombeiros da capital. Uma equipe técnica formada por representantes desses dois órgãos chegou a Itaituba na tarde de ontem e se deslocou até a Itacimpasa para iniciar o trabalho. Fiscais do trabalho irão averiguar área do acidente - Técnicos da Superintendência Regional do Trabalho seguem hoje para Itaituba para analisar o local onde aconteceu o acidente que matou sete pessoas, após o desabamento de uma plataforma. Segundo a chefe do setor de saúde e segurança da Superintendência Regional do Trabalho, Edna Rocha, os números de acidentes de trabalho registrados no Pará são considerados elevados e preocupantes.

 

A última estatística, realizada em 2008 no Estado, aponta que foram feitos 11.633 registros de acidentes de trabalho. “É um dado que preocupa, porque é elevado e sabemos que ainda existem os casos que não são registrados”. Deste total de registros, conta Edna, estão inclusos os acidentes que ocorrem dentro do próprio local de trabalho, os acidentes de trajeto, doenças do trabalho e também uma média dos acidentes que não são registrados pelas empresas, mas que são verificados no Instituto Nacional de Seguro Social (INSS). A chefe do setor de segurança afirma que a Superintendência realiza fiscalizações, mas a partir de um planejamento dos municípios a serem visitados. “Avaliamos os que têm maior risco e maior quantidade de trabalhadores”.

 

No setor da construção civil, as obras são fiscalizadas duas ou três vezes por ano na capital. Nos municípios do interior, no entanto, existe uma seleção restrita. “Como exige recursos (a fiscalização), temos os municípios que são eleitos para que sejam feitas as fiscalizações e fazemos apenas uma vez por ano”, explica Edna Rocha. Segundo José Viana, presidente do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Pará (Crea-PA), a obra onde aconteceu o acidente estava legalizada e o órgão possui, inclusive, a Anotação da Responsabilidade Técnica (ART) do profissional de engenharia. “Não temos como saber o que houve, porque a engenheiro de segurança do trabalho estava atuando no projeto.” O Conselho também irá deslocar fiscais ao município para vistoriar a obra. De acordo com Viana, este tipo de acidente não é comum no Estado. Mas o Crea verifica a atuação do profissional e não a obra.  Segundo Viana, entre os cuidados que devem ser tomados durante uma obra estão a utilização dos equipamentos de segurança, escoramento das escavações para que não haja desabamento e proteções com tela, entre outros.

 

Diário do Pará 07/07/2010

 

 

São Luiz, MA: Operário morre em construção civil na Ponta d´Areia

Mais um acidente fatal envolvendo operário da construção civil morre em São Luis. O servente de pedreiro identificado por Raimundo Assunção, 24 anos, conhecido como “Cambota”, morador do Alto Paraíso, área da Vila Embratel, foi acidentado e veio a óbito na tarde deste sábado, 10. De acordo com informações, ele estava trabalhando no térreo de uma construção de um edifício na Ponta d’Areia, quando foi atingido por dia barras de ferro na cabeça. Apesar de estar usando o equipamento de segurança, o capacete, ele não resistiu ao impacto e veio a óbito. Segundo informações de trabalhadores da obra, o elevador externo da construção ao se movimentar bateu em duas colunas de ferro que servem de sustentação no 15º andar. Elas desabaram e atingindo a cabeça do trabalhador. O delegado de Plantão da Refssa, Tarcisio Fonseca, esteve no local para onde realizou os primeiro procedimentos. Ele vai abrir um inquérito policial para investigar as causas do acidente: se houve negligência por parte dos demais trabalhadores, ou alguma outra falha, ou ainda se não há culpados.

 

Gazeta da Ilha 10/07/2010