Estreia da TVT reforça processo democrático, diz Lula

TV dos Trabalhadores exibiu ao vivo as primeiras horas de transmissão durante evento em São Bernardo, nesta segunda-feira (24/08)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse, na noite desta segunda-feira (23/08), que a estreia da TVT (TV dos Trabalhadores) representa um divisor de águas no processo da democracia, e ressaltou que seu governo valoriza a pluralidade de opiniões em vez de praticar o cerceamento da liberdade de imprensa. “A estreia dessa emissora dirigida pelos trabalhadores dá novo vigor a algo que é sagrado para todos nós: a liberdade de imprensa. Jornais, revistas, emissoras de rádio e de televisão, e portais de internet, hoje, têm plena liberdade de publicar, de veicular, sem qualquer tipo de ingerência por parte do governo”, destacou Lula, durante a exibição ao vivo das primeiras horas de transmissão da TVT, em evento realizado no Cenforpe, em São Bernardo. 

O presidente lembrou a época em que foi deputado federal e um dos interlocutores para a consolidação da emissora, e criticou a lentidão com que os governos antecessores trataram do primeiro pedido de concessão da TVT, feito no final da década de 1980. “Não seria justo que em um país como o nosso, com uma democracia cada vez mais sólida e madura, que sindicato e movimentos sociais continuassem impedidos de exercer a liberdade utilizando suas próprias emissoras de TV”, ponderou. 

A apresentação da nova emissora educativa contou com a cobertura dos principais veículos de comunicação, e foi celebrada pelos ministros Franklin Martins (Comunicação Social), Juca de Oliveira (Cultura), Márcio Fortes (Cidades), Paulo Vannuchi (Direitos Humanos), Alexandre Padilha (Relações Institucionais), além de autoridades da Região. O prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), afirmou que a TVT nasce para ocupar uma lacuna na programação. “Não iremos tirar o lugar de ninguém, mas queremos dar voz àqueles que não têm espaço”, exclamou Marinho.

Já o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Sérgio Nobre, pontuou que a concessão não teria saído da gaveta sem o empenho do governo atual. “Foram 25 anos de muita luta, e a história do presidente Lula foi fundamental para a consolidação desse projeto”.