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Trabalhadores da construção civil entram em greve

MANAUS – Cerca de 20 mil trabalhadores da construção civil entraram em greve na manhã(...)

Publicado: 08 Julho, 2010 - 11h01

Escrito por: Portal Amazônia

MANAUS – Cerca de 20 mil trabalhadores da construção civil entraram em greve na manhã desta quinta-feira (8), em Manaus. Eles reivindicam reajuste salarial de 14,5% a 15%, além de melhorias nas condições de trabalho. O Sindicato das Empresas da Indústria da Construção Civil do Estado (Sinduscom) propôs reajuste de 3%. Os trabalhadores recusaram. A greve é por tempo indeterminado.

 

A discussão entre o sindicato e os trabalhadores já dura quase dois meses. Canteiros de obras em toda a cidade estão com as atividades paralisadas. O sindicato explicou que ainda não é possível calcular o prejuízo causado pela greve.

 

O Sinduscom informou que se reuniu na última segunda-feira (5) com os trabalhadores para tentar chegar a um acordo. A reunião terminou em impasse. Na ocasião, o sindicato patronal propôs repor inflação salarial de 5% com ganho real que totalizaria 6%. Os trabalhadores exigiram 15%.

 

Ação na Justiça

 

Após o impasse, o Sinduscom entrou com uma ação no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) para que a Justiça decida qual o reajuste será dado.

 

De acordo com a assessoria do Sinduscom, a greve atinge apenas o setor imobiliário. Aproximadamente 110 empresas são sindicalizadas em Manaus. Do total de empregados, 20 mil são legalizados e possuem carteira de trabalho assinada. O sindicato também estima que outros 20 mil trabalhadores estejam em situação irregular.

 

Os trabalhadores, segundo sindicato, também exigem que a cesta básica no valor de R$ 80 e instalação restaurantes nos canteiros de obras sejam votados em convenção coletiva. A medida obrigaria as empresas a atender as reivindicações.

 

Para o sindicato, não há como conceder um reajuste maior que 6%. O percentual teria que ser repassado às empresas do setor imobiliário. Elas não teriam como pagar esses salários.

 

A entidade está disposta a discutir as reivindicações com os trabalhadores. O acordo, segundo o sindicato, depende dos próprios operários. O sindicato espera a se reunir com os trabalhadores ainda hoje.