Operários da Camargo Corrêa param em protesto contra assédio moral e abandono de doente

Porto Velho, Rondônia - Funcionários da empresa Camargo Corrêa, empresa responsável pela construção da Usina Hidrelétrica de Jirau, no rio Madeira, paralisaram as atividades na manhã desta segunda-feira  na tentativa de negociar melhores condições de trabalho e, ao mesmo tempo, alertar para o assédio moral por parte da administração no canteiro de obras.

Os trabalhadores reclamam do autoritarismo por parte da chefia e, ao mesmo tempo, se dizem revoltados com o abandono, pela empresa, de operários que ficam doentes e são relegados à própria sorte, não recebendo nenhum acompanhamento ou assistência da parte da Camargo Corrêa. Nos últimos dias, pelo menos 30 operários adoeceram e não tiveram nenhum acompanhamento. Como todos são de outros estados, ficaram abandonados dentro de hospedarias na capital, muitos deles sem condições de transporte para ir ao médico fazer uma consulta.

Eles reclamam também da precariedade dos alojamentos, a maioria sem ventilação e insalubres.

A paralisação dos operários levou à suspensão , nesta segunda, do andamento das obras de Jirau. Os trabalhadores dizem que se a direção da Camargo Corrêa não sentar párea negociar, poderá haver uma greve por tempo indeterminado.