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Lula diz que PIB demonstra crescimento "exuberante"

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva enalteceu o ritmo de crescimento do Produto Interno(...)

Publicado: 09 Junho, 2010 - 08h55

Escrito por: IG – Ùltimo Segundo – publicado dia 8

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva enalteceu o ritmo de crescimento do Produto Interno Bruto no primeiro trimestre

 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comemorou o forte ritmo de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre do ano, divulgado nesta terça-feira.

 

"Vivemos um momento de ouro no país. É um crescimento exuberante. Acho que o Brasil merecia e precisava disso", disse Lula ao discursar em Fortaleza (CE).

 

A economia cresceu 2,7 por cento no primeiro trimestre ante os três meses anteriores, maior expansão desde o primeiro trimestre de 2004, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

 

O presidente lembrou das críticas que recebeu quando se referiu à crise econômica global do final de 2008 como uma "marolinha" e voltou a defender que o Brasil foi o último a entrar e o primeiro a sair da turbulência.

 

"Vocês viram que eu fui esculhambado quando eu disse que a crise seria só uma marolinha aqui no Brasil e alguns diziam que o Brasil ia afundar. O Brasil foi o último a entrar na crise e foi o primeiro a sair", afirmou.

 

Dilma exalta PIB e Serra relembra crise

 

Após dias trocando ataques por conta do episódio sobre o suposto dossiê, os pré-candidatos à Presidência José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) aproveitaram os números sobre o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para transferir a disputa para a área econômica. Enquanto Dilma exaltou o avanço do indicador no primeiro trimestre deste ano, Serra apontou que o aumento só foi possível porque a base de comparação contemplou meses em que a economia brasileira sofria com a crise econômica.

 

Os números divulgados hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram um avanço de 9% do PIB, em comparação ao mesmo período de 2009.

 

O número foi recorde na série histórica iniciada em 1995. Na época, o País enfrentava os efeitos da crise eclodida no fim de 2009. Em relação ao trimestre anterior, o avanço foi de 2,7%, maior expansão desde o primeiro trimestre de 2004. Em viagem a São José dos Campos (SP), Dilma comparou o crescimento brasileiro ao da China e previu uma alta do PIB entre 6,5% e 7% para este ano.

 

“Nem na China (há um crescimento nesse nível)”, afirmou Dilma, em entrevista à rádio Planeta Diário. Em seguida, a petista corrigiu: “São níveis que você vê na China”.

 

Em São Paulo, onde participou de um encontro para discutir o tratamento de dependentes químicos, Serra rebateu o otimismo da rival petista. “No ano passado, a economia ficou parada e declinou. Evidentemente, a base do ano passado favorece o crescimento”, disse o tucano, ao comentar os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). “É bom que haja essa recuperação. Eu estou feliz”, acrescentou.

 

Serra criticou a queda do investimento agregado e se disse preocupado com o crescimento do desequilíbrio externo pela aceleração das importações e pelo comportamento moderado das exportações.

 

Mais cedo, Dilma também havia aproveitado a oportunidade para criticar o governo do ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso.

 

Diante da afirmação do apresentador da rádio Planeta Diário, Antonio Leite, de que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva teria pagado uma dívida que ninguém sabe quem fez, a petista disse que a dívida é de responsabilidade de vários governos, entre eles o que antecedeu a gestão Lula.

 

Dilma disse ainda que FHC contraiu R$ 38 bilhões em empréstimos junto ao Fundo Monetário Internacional (FMI). E afirmou que a atual administração reorganizou as finanças, ao ponto de chegar à crise eclodida no fim de 2009 com US$ 250 bilhões em reservas.

 

Ela também bateu na tecla de que os tucanos não têm compromisso com o País e resgatou o tema das privatizações, ao lembrar que o governo passado chegou a cogitar a possibilidade de mudar o nome da Petrobras para Petrobrax.