Depois de Cimpor, CSN crescerá em cimento no mercado doméstico

Depois de perder a disputa pelo controle da cimenteira portuguesa Cimpor, a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) disse que pretende fazer investimentos orgânicos para crescimento de sua produção de cimento no mercado brasileiro.

 

Além disso, a empresa afirmou que deverá voltar à mesa de negociação para novas tentativas de aquisições no mercado internacional, sem detalhar os segmentos ou países preferidos.

 

O presidente da CSN, Benjamin Steinbruch, controlador da companhia, sugeriu que seus concorrentes (Votorantim e Camargo Corrêa) pagaram caro pelas participações acionárias da Cimpor. "Com o custo de US$ 150 a US$ 200 por tonelada de cimento, chegaremos ao mesmo fim no mercado doméstico", disse ele, em encontro nesta terça-feira com analistas e investidores.

 

A CSN, que entrou no mercado de cimentos em 2009 com a inauguração de uma fábrica em Volta Redonda, pretende chegar a produção de 3,8 milhões de toneladas em 2012.

 

"Já estamos discutindo o fornecimento de equipamentos para outras três unidades que vão abastecer os mercados do Nordeste, Sul e Centro-Oeste", disse.

 

No entanto, Steinbruch reconheceu que a perda da Cimpor não resolveu a falta da presença da CSN no exterior. "Lá fora tem muitas oportunidades que estamos avaliando", disse o empresário. "Essa lacuna da internacionalização vai ser preenchida brevemente."

 

A CSN, que possui grandes projetos de investimentos em expansão no mercado doméstico, disse que a compra de ativos seja nos EUA como na Europa criam oportunidades de longo prazo para a companhia em razão do menor risco. "Dinheiro se ganha aqui no mercado brasileiro", disse Steinbruch.