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Centrais sindicais não chegam a consenso sobre reajustes de aposentadorias

Presidentes de seis centrais sindicais se reuniram na noite desta quinta-feira (12) com o(...)

Publicado: 13 Novembro, 2009 - 07h36

Escrito por: UOL

Presidentes de seis centrais sindicais se reuniram na noite desta quinta-feira (12) com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na reunião, Lula reclamou da falta de consenso entre as centrais sobre as mudanças nas regras de aposentadoria. A proposta vincula o reajuste de todos os aposentados ao aumento do salário mínimo e mais 50% do crescimento do PIB (Produto Interno Bruto).

"O presidente Lula falou que não dá para fazer uma proposta porque as centrais não têm uma posição em comum", disse o líder da Força Sindical, o deputado Paulinho da Força (PDT-SP). Os líderes das centrais não falaram quais são os pontos de embate.

 

O único consenso é a proposta de transformar em lei o reajuste do salário mínimo de acordo com a inflação e o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto), já praticado pelo governo federal. O presidente Lula se comprometeu a enviar ao Congresso até o final do ano um projeto de lei sobre o assunto.

 

Segundo Artur da CUT, presidente da Central Única dos Trabalhadores, as modificações específicas da aposentadoria devem se discutidas na próxima semana entre os líderes das centrais.

 

Mudanças na aposentadoria só serão votados em 2010

 

Apesar da pressa para a elaboração de uma proposta, aposentados e pensionistas só devem ter reajustes nos seus salários no ano que vem. O governo federal decidiu priorizar a votação dos projetos do marco regulatório do pré-sal para só depois votar o reajuste nas aposentadorias.

 

O objetivo é aprovar o marco regulatório até a segunda semana de dezembro na Câmara dos Deputados. Desta forma, sobrariam menos de duas semanas para a aprovação dos reajustes para os aposentados -o que é considerado improvável pelos congressistas.

 

O acordo foi fechado em reunião nesta tarde na sede provisória do governo em Brasília. Estiveram presentes líderes governistas da Câmara dos Deputados e os ministros Guido Mantega (Fazenda), José Pimentel (Previdência) e Alexandre Padilha (Relações Institucionais).

 

Ao contrário do projeto dos aposentados, que teria efeito imediato, os efeitos do novo marco regulatório devem ser sentidos dentro de oito anos. A idéia do governo é aprovar o marco regulatório no Senado Federal em março do próximo ano.

 

O líder do governo na Câmara dos Deputados, Henrique Fontana (PT-RS), disse que não haverá problemas eleitorais por causa disso. "Estamos bastante tranquilos. A opinião pública está satisfeita com os projetos do pré-sal", disse Fontana.