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Vitória do STICCERO na Justiça

Piso de R$ 900 para oficial, baixada de 5 dias com passagens pagas e aumento de 7% para as(...)

Publicado: 25 Setembro, 2009 - 09h49

Escrito por: Assessoria da CUT Rondônia – publicado dia 24

Piso de R$ 900 para oficial, baixada de 5 dias com passagens pagas e aumento de 7% para as demais funções.

 

Na tarde desta quinta-feira (24), na sede do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), em audiência de conciliação sob a mediação da presidente da Corte, desembargadora Maria Cesarineide de Souza Lima, e do procurador-chefe do Ministério Público do Trabalho (MPT), Aílton dos Santos Vieira, o Sindicato dos Trabalhadores na Construção (STICCERO) conseguiu uma vitória expressiva nas negociações com as Usinas de Jirau e Santo Antonio, do Rio Madeira.

 

As empresas apresentaram na Justiça do Trabalho uma nova proposta de piso salarial para a categoria de nível III, oficiais, que abrange: pedreiro, carpinteiro; Armador, eletricista predial, eletricista montador, encanador, apontador, auxiliar de topografia e pintor de R$ 900,00. Este valor somado à cesta alimentação de R$ 80,00 totalizam R$ 980,00, contra uma remuneração anterior de R$ 717,00, ou seja, R$ 263,00 a mais por mês ou 37% de aumento, além dos 8% já concedidos em abril pelo Consórcio Santo Antônio e em maio pela Camargo Correia.

 

Outras duas conquistas importantes são: reajuste de 7% para todas as demais funções que têm valores acima do nível III, que somados aos 8% já concedidos em abril ou maio, totalizam um aumento em 2009 de 15,56%, que é considerado o maior do país; a outra conquista é a visita aos familiares, denominada de ‘baixada’, para os trabalhadores contratados em outros estados, que será de 5 dias a cada seis meses, com passagens pagas pelas empresas; sendo dois dias abonados e três dias compensados.

 

As demais conquistas conseguidas nas negociações mediadas durante doze dias pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE), antiga DRT, foram reafirmadas na Justiça do Trabalho, que são:

 

1) Pisos salariais: Nivel I, ajudante, de R$ 540 para R$ 650; nivel II, meio-oficial ou auxiliares, de R$ 561,60 para R$ 700; nivel III, oficial ou pedreiro, carpinteiro, armador e outros, de aproximadamente R$ 715 para R$ 900.

2) Vale alimentação de R$ 80,00 mensais.

3) Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de 25 horas mensais, que é igual a 300 horas anuais ou um salário + 36%, que será paga uma vez por ano;

4) Plano de assistência médica para os empregados com cobertura de 100% para internação, pronto-atendimento e cirurgias; sendo que consultas e exames terão co-participação de 40% para os empregados;

5) Adicional de horas extras de 60% de segunda a sábado (domingos e feriados 100%);

6) Contrato de experiência reduzido para 80 dias, dividido em dois períodos de 40.

 

Vandalismo e violência são condenados na Justiça

 

Os atos de vandalismo e violências praticadas na Usina de Jirau nesta quarta-feira (24) foram duramente condenados durante a audiência na Justiça; e segundo o Sindicato foi informado serão investigados para se responsabilizar as pessoas envolvidas.

 

Não é demais lembrar que estas ações foram praticadas por agitadores, que supostamente teriam ligações com o grupo que anteriormente controlavam o sindicato e que estariam aliados a uma entidade sindical da construção pesada de fora do Estado, que teriam como objetivo tumultuar as negociações, para prejudicar o STICCERO e a categoria.

 

A Administração do STICCERO informou à Justiça do Trabalho que não compactua com essas ações, condenando-as com veemência, posto que as ações do Sindicato e da categoria são pacíficas e realizadas no interesse da melhoria salarial e das condições de trabalho dos trabalhadores.

 

A decisão final é da categoria

 

Diferente do que acontecia até o inicio deste ano, quando os acordos eram assinados apenas por uma pessoa, na surdina e por procuração  sem qualquer participação ou conhecimento da categoria, a nova administração do STICCERO tem uma postura totalmente diferente.

 

Agora o Sindicato negocia com os patrões, busca a mediação do Ministério do eTrabalho e da Justiça do Trabalho e depois apresenta o resultado das negociações em assembléias de forma transparente. A decisão final será sempre dos trabalhadores e será respeitada e, principalmente, cumprida pelo Sindicato.